Febre do Nilo Ocidental

A febre do Nilo Ocidental foi introduzido pela primeira vez na cidade de Nova York nos EUA em 1999, mas hoje em dia está presente em quase todos os 48 estados norte-americanos, com excepção do Alasca.
A febre do Nilo Ocidental também vem se disseminando na África, Médio Oriente, sul da Europa, Russia, Índia e Indonésia.
Este vírus está presente em muitas espécies de aves e a maioria destas são assintomáticas, mas algumas como corvos e gaios, adoecem e morrem, sendo considerados possíveis indicadores da doença em uma região. Os cavalos infectados pelo vírus do Nilo Ocidental podem adoecer e morrer. O vírus é transmitido entre as aves e aos seres humanos principalmente pelo mosquito culex, mas também pode ser transmitido por transfusão de sangue, transplante de órgãos ou, ocasionalmente, por via transplacentária para o fecto.
Culex é um género de mosquito descrito por Linnaeus em 1758. O género engloba mais de 300 espécies e é vulgarmente conhecido por pernilongo ou muriçoca, e que apresenta a maior variedade de espécies entre os culicídeos, abrangendo uma grande variedade de nichos, dos criadouros naturais, como as bromélias, ou artificiais, como pneus e vasos de plantas.
É muito comum encontrar espécies de Culex em cidades, sendo vector de algumas doenças, entre elas a filariose e a febre do vírus do Nilo ocidental.
Sintomatologia
A maioria dos pacientes com infecção pelo vírus do Nilo Ocidental não apresenta sintomas para a infecção, isto é, apenas 1 em cada 5 pecientes desenvolvem febre, juntamente com outros sintomas como cefaleia, dores no corpo, dor articular, vómitos e diarreia, e 1 em cada 150 pacientes desenvolve envolvimento grave do sistema nervoso central como encefalite, meningite ou paralisia flácida.
Os sintomas da infecção do sistema nervoso central são febre alta, cefaleia, rigidez de nuca, estupor, desorientação, coma, tremores, convulsões, fraqueza muscular, perda de visão, dormência e paralisia. Doenças graves podem afectar qualquer faixa etária, mas aqueles com idades superiores a 60 anos ou portadores de doenças crónicas como diabetes, hipertensão arterial, entre outros, têm maior risco de contrair o estado grave.
Cerca de 1 em cada 10 pessoas com envolvimento grave do sistema nervoso central morre.
Diagnóstico da febre do Vírus do Nilo Ocidental
Diagnostica-se a infecção pelo vírus do Nilo Ocidental encontrando anticorpos IgM específicos para o vírus do Nilo Ocidental no soro ou líquido cerebrospinal (LCS, ou líquido cerebrospinal). Em geral, esses anticorpos são detectáveis entre 3 a 8 dias após o início da doença e persistem por 30 a 90 dias. Resultados falso-positivos podem ser o efeito de anticorpos de reacção cruzada decorrentes de infecção por outros flavivírus, imunização recente com vacinas contra flavivírus (febre amarela ou encefalite japonesa) ou reactividade inespecífica.
Profilaxia
O tratamento do vírus do Nilo Ocidental inclui:
- Monitoramento dos pacientes com encefalite para verificar o desenvolvimento de pressão intra-craniana elevada e convulsões;
- Monitoramento dos pacientes com encefalite ou paralisia flácida aguda quanto à incapacidade de proteger as vias respiratórias;
- Ventilação mecânica, se necessário.
Prevenção
As técnicas de prevenção do vírus do Nilo Ocidental, não se diferem tanto das utilizadas para o controlo do transmissor da dengue ou malária.
O método geralmente utilizado para o tratamento deste vírus, consiste no controlo do mosquito, agente causador desta doença tanto em aves, como em humanos.