Homenagem ao Azagaia: Presidente da Assembleia Municipal da Beira detido durante marcha
Homenagem ao Azagaia

A homenagem ao Azagaia não correu nem perto da forma como muitos gostavam que fosse, pois verificou-se em quase todo o país a presença de agentes da PRM fortemente armados prontos para reprimir os jovens que pretendiam marchar de forma pacífica.
O presidente da Assembleia Municipal da Cidade da Beira, capital da província central de moçambicana, Sofala, foi detido neste sábado, 18, pela polícia quando participava na marcha de homenagem ao rapper Azagaia, falecido a 9 de Marco do ano em curso.
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Albano Carige, membro do partido Movimento Democrática de Moçambique (MDM) classificou este acto, de atropelo ao direito do cidadão consagrado na Constituição da República a repressão da polícia contra milhares de manifestantes, que resultou em mais 11 detidos e um ferido.
Apesar da comunicação oficial da marcha de homenagem ao Azagaia e do seu carácter pacífico, logo pelas primeiras horas da manhã, agentes da polícia da Republica de Moçambique (PREM) fortemente armados, foram mobilizados em força nos locais estratégicos das cidades moçambicanas, incluindo a cidade da Beira para impedir e dispersar a concentração de milhares de pessoas que pretendiam marchar em homenagem ao Rapper Azagaia.
Devido a esse posicionamento policial, os manifestantes que tencionavam marchar em homenagem ao Azagaia protestaram e houve tumulto, que resultou, até agora, no ferimento de uma pessoa atropelada quando pretendia fugir à polícia.
“A marcha foi impedida, vamos organizar mais, muitas pessoas pensam que recuar é derrota, mas não é derrota, é espírito de compreensão, vamos nos organizar”, disse Albano Carige – presidente da Assembleia Municipal da beira, em declarações à comunicação social.
Wilker Dias, activista social e um dos promotores da homenagem ao Azagaia, disse ter ficado surpreendido com o forte cordão de segurança instalado pela polícia para impedir a realização da marcha, invocando à falta de segurança, não obstante ter garantido na quinta-feira (16) no encontro que tiveram.
“Infelizmente hoje quando chegamos nos deparamos com esta situação, com as pessoas a ser impedidas de poder prosseguir com a marcha, razão pelas quais diziam, não existem condições operacionais. Isto foi praticamente para inviabilizar, isso é muito triste, a polícia a impedir marchar e bater nas pessoas, houve cidadãos agredidos e detidos em conexão com este assunto”, disse Wilker.
Fonte: VOA Português