Maior salário para os professores mais velhos – defende o Secretário Geral da ONP

Ainda sobre a clarificação dos critérios de enquadramento na TSU, abreviatura para Tabela Salarial Única, os professores mais antigos, através de uma carta dirigida ao Governo de Moçambique pela Organização Nacional dos Professores de Moçambique, ONP, deixaram claro que querem auferir um salário mais elevado que os professores mais novos na função pública que estejam na mesma carreira. O clamor, surge ainda no âmbito da revisão da Tabela Salarial Única que o governo está levando a cabo após terem sido constatados erros graves a quando da implementação da mesma.
O clamor daqueles que ensinam a arte do saber ser, estar e fazer através da ONP, vem depois do clamor dos médicos, dos juízes e outras demais classes da Função Pública terem reclamado que a Tabela Salarial Única era um cancro para a motivação.
De acordo com a Tabela Salarial cuja sua execução foi cancela para revisão, e segundo reforçou Teodoro Muidumbe, secretário-geral da ONP, os mais novos têm mais privilégios que os mais velhos.
“Os mais novos foram educados por estes mais velhos e, por serem novos, tiveram oportunidade de estudar e, hoje, têm maior salário; achamos que os mais novos estão a ser mais valorizados que os mais velhos”, estes que só puderam “estudar mais tarde por causa das condições do nosso país”, explicou Teodoro Muidumbe.
Para resolver isso, os docentes sabem bem o que fazer: “fazer o inverso”, ou seja, valorizar-se mais o tempo em detrimento das habilitações literárias. Os professores que devem receber mais são aqueles que tiveram mais paciência em ficar na Função Pública do que os que estudaram mais.
E isso não foi dito só aos jornalistas na conferência de imprensa, que teve lugar na Cidade de Maputo, no último sábado. O secretário-geral da ONP diz ter feito uma carta dirigida ao Ministério da Educação, ao da Função Pública e ao das Finanças.
Na carta constam outras preocupações da classe dos professores, que esperam ver devidamente resolvidas, depois da revisão anunciada pelo Executivo. O que não querem é parar com a sua função que é a de “educar a criança. Então, vamos aguardar pelos resultados”.
Fonte: Jornal o País & ONP