Ordem de Serviço nº 67/UIR/GC/2023 confirma o não reconhecimento da UIR

Nos últimos dias, diversos membros da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), uma importante especialidade da Polícia da República de Moçambique (PRM), tornaram-se públicos através de cartas anónimas, vídeos, áudios e denúncias em redes sociais como o Facebook e WhatsApp. Nestas manifestações, os membros da unidade afirmaram que a atual Ministra do Interior, Arsénia Massingue, não estava a reconhecer o valor da UIR, que tem sido amplamente utilizada no Teatro Operacional Norte (TON).
Numa altura em que a situação parecia estar a regressar à normalidade na Unidade de Intervenção Rápida (UIR), surge uma ordem de serviço com o número 67/UIR/GC/2023, datada de 24 de abril de 2023 e assinada pelo Comandante Francisco Quiasse Mandiquida.
A ordem de serviço refere que, devido à falta de fundos, os agentes da UIR não estão a receber subsídios de funeral e ajudas de custo, enquanto que outras unidades da Polícia de República de Moçambique (PRM) continuam a receber esses benefícios.
O Comandante Mandiquida, famoso pela frase “prefiro ter 10 homens altamente combativos que 1000 covardes (…)” nas paradas matinais em Cabo Delgado (2020), acrescenta que a prioridade será o pagamento de subsídios de funeral às famílias dos funcionários que faleceram nos Teatros Operacionais e à Funerária Banze. A medida é extensiva aos membros que ainda não receberam as ajudas de custo deste ano.
A ordem de serviço conclui que, se houver melhorias orçamentais ou reforço, a medida poderá ser alterada. No entanto, a medida não foi bem recebida pelos membros da UIR, que têm-se queixado de atrasos salariais e hostilização em comparação com outras unidades. As lideranças máximas da UIR estão a tentar resolver estes problemas.
Fonte: Integrity Magazine